A Octaedro Arquitetura @octaedroarquitetura criou para a Casacor Santa Catarina a Oficina do Amanhã. Refúgio de criação, conexão e afeto, abraçado pela natureza ao redor e pela vista que encontra o mar, a Oficina tem a assinatura elegante e irreverente dos arquitetos Emanueli Schneiders e Leonardo Gazzoni e revela uma utopia: como seria o espaço onde nasce o amanhã?
Foto Fabio Jr Severo
Os arquitetos Emanueli e Leonardo, criadores da Oficina do Amanhã. Foto Fernando Fiorentin
No espaço pensado para contemplar e receber, o projeto propõe a ocupação da casa-ateliê através da conexão fluida entre as artes, a naturalidade de seus elementos e a relação importante com a paisagem, a cultura local e a ancestralidade.
O projeto abraça a estrutura de um antigo rancho de pesca e se estende por uma extensa área à beira-mar onde os arquitetos propuseram espaços vivos de encontro, criação e conversa. No jardim, envolto pelo paisagismo exuberante, o lounge com lareira volta-se à vista para o pôr do sol e à compreensão de que o jardim integra e mimetiza a arquitetura, transformando-se em um elemento uníssono sobre a praia.
Fotos Fabio Jr Severo
As aberturas são emolduradas pelo movimento irregular dos brises em biribas de madeira roliça. Internamente, a ideia de refúgio que os arquitetos trazem à tona torna-se ainda mais evidente: o hall de entrada revela, aos poucos, a atmosfera intimista e enigmática, ao mesmo tempo em que sintetiza com clareza a intenção do projeto: como refúgio de criação, há arte em tudo, e nas suas diferentes manifestações.
Ainda na relação com o jardim, a poltrona/instalação em capim seco “A casa”, da artista Bruna Granucci, revela que tudo é raiz e que, para as transformações do amanhã há de não se esquecer do ninho, do que permanece. A escultura de Mônica Carvalho em galhos de buriti e o painel em madeira natural indicam o caminho e sugerem que há natureza em tudo.
Fotos Fabio Jr Severo
A Oficina do Amanhã recebeu uma seleção criteriosa de mobiliário de design nacional e peças desenhadas pelos arquitetos em madeira rústica. Uma extensa mesa em travertino natural se torna espaço de trabalho e, no outro extremo, abriga as tarefas cotidianas de cozinha enquanto, ao fundo, a biblioteca percorre o perímetro do espaço, complementada pelas formas e texturas dos vasos da artista Anamaria Brüggemann e seu trabalho de dar voz ao barro.
Sob a grande mesa, uma instalação em rede de pesca caiçara surge como ponto de destaque pelo seu volume e leveza, abraçando a estrutura do casebre como um ponto luminoso de memória e resgate do lugar, da cultura local viva e que vigora em peças como o cacho de bilros desenvolvido pela Associação dos Artesãos de Palhoça, emoldurado pelo verde que, mesmo internamente, ainda vige no espaço.
Fotos Fabio Jr Severo
No estar central, a lareira em bloco maciço de granito rústico parece brotar do piso que, no mesmo material, envolve o espaço social e eleva-se ao fundo do bar, onde a disposição das poltronas permite uma roda familiar de conversa e contemplação para a paisagem. Já na sala frente-mar, o revestimento em madeira natural que envolve o espaço sugere uma moldura, de forma a fazer da vista para o mar um quadro vivo, em movimento, revelando a transformação do dia e do tempo como uma obra a ser contemplada perenemente.
Neste espaço, o pendente em Tira Capa Coco, de Mônica Carvalho, empresta cor e movimento guiado pela sutileza do vento e a tapeçaria de Carolina Kroff, no seu volume e sincronia, preenche o espaço de forma sutil e sugestiva: são peças que se complementam mas não se encontram, como ilha e continente, e o espaço entre elas é uma experimentação do infinito.
Artistas convidados
Fornecedores e parceiros
4 Elementos
Akafloor
Associação Artesãos de Palhoça
Claro
Clean New
Jota Jota
Ecco Conceito
Elettromec
Maison Du Banho
MS Superfícies
Oriente-se Tapetes
Coral Tintas
Deca
Residual Design
SC Lareiras
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