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  • Foto do escritorLuiza Oliva

Concreto arquitetônico

Os revestimentos em concreto arquitetônico têm lugar garantido na arquitetura e no design de interiores. Mais do que um revestimento cimentício, o conceito do concreto arquitetônico remete ao design, com peças resistentes, de baixa porosidade e texturas únicas


Você sabe o que é um revestimento de concreto arquitetônico? Com uma imensa variedade de texturas e acabamentos e de extrema resistência, o material vai muito além do cimento. Rodrigo Vieira, gerente de pesquisa e desenvolvimento da Castelatto, marca líder no segmento de pisos e revestimentos de concreto arquitetônico, explica que a diversidade é grande quando se fala em revestimentos cimentícios: “Uma simples argamassa aplicada na parede é um revestimento cimentício, assim como um ladrilho hidráulico, por exemplo. Já o concreto arquitetônico pode ser feito com ou sem cimento. O que a Castelatto faz é concreto para a arquitetura, um elemento que há algum tempo era estrutural e hoje tem um viés também decorativo.”


Revestimento Pedra Puglia Castanho da Castelatto. Produção do ambiente Castelatto. Foto: Favaro Jr.



O cimento é uma parte da composição do concreto - existem muitos outros elementos que compõem os revestimentos de concreto arquitetônico. “O protagonista do concreto arquitetônico nem sempre é o cimento. A Castelatto vem, através das suas tecnologias, tentando cada vez mais diminuir o uso do cimento na composição dos produtos, reduzindo o impacto ambiental”, aponta. “Por definição, o concreto é produzido a partir de um agregado e um aglomerante, com os quais se faz uma massa firme, resistente a intempéries. E o aglomerante pode ser cimentício ou não. Entre os aglomerantes não cimentícios, usamos, por exemplo, aditivos químicos que deixam o material resistente. Eles têm a mesma função do cimento, porém não precisamos usar água na produção. Os aditivos são incorporados quimicamente. É, portanto, uma produção mais sustentável”, pondera Rodrigo, que é engenheiro civil pela Universidade Federal de Sergipe, com doutorado na área do concreto pela USP São Carlos.


Inovação: Fregio Colors Carvalho da Castelatto traz o efeito do painel ripado para o concreto arquitetônico. Ambiente do arquiteto Bruno Carvalho. Foto: Favaro Jr



Outro fator sustentável na produção do concreto arquitetônico é que não há forno para queima da massa como, por exemplo, na produção de cerâmicas e porcelanatos, para ganho de resistência mecânica. “O concreto tem cura úmida. Basicamente é uma massa despejada sobre uma forma e que, 24 horas depois, será desplacada, sem gasto energético na produção”, sustenta.

Mais um ponto importante é que a produção do cimento gera muito carbono para a atmosfera, sustenta o gerente da Castelatto. “As indústrias de cimento já reduziram muito a geração de carbono: a relação chegou a um quilo de CO2 para cada quilo de cimento produzido. Hoje a relação está em 800 gramas de CO2 para cada quilo de cimento produzido. Quando tiramos a formulação do cimento da produção do concreto, há um ganho ambiental. Usamos um agregado que já está na natureza, ele é extraído com maquinário e transportado até nossa unidade fabril”, explica.


No piso, revestimento Madeyra Vecchia Marfim. Produção Castelatto. Foto: Favaro Jr.



Os aditivos utilizados na produção dos revestimentos de concreto arquitetônico dão a aparência e característica desejadas aos produtos. “Estudamos como o produto chegará, por exemplo, à cor desejada. Por exemplo, o tom sálvia, que é um sucesso de mercado, deu muito certo. Mas exigiu muito estudo, não basta apenas usar um pigmento verde. Da mesma forma podemos obter um aspecto natural de areia ou de uma determinada pedra”, diz. Formulações que envolvem pigmentos e outros agregados, como areia e aditivos químicos, dão a textura desejada e o resultado final para a peça.


Na parede do ambiente da arquiteta Bia Ferrari, Etrusco Salvia da Castelatto.

Foto: Favaro Jr.



A redução da espessura é outra evolução nos revestimentos de concreto arquitetônico. Rodrigo Vieira lembra que, há 13 anos, quando entrou na Castelatto, as peças tinham de 4 a 5 cm de espessura. Hoje têm apenas 14 a 15 mm de espessura. Uma vantagem para a utilização do concreto arquitetônico é justamente a leveza das peças. “A pedra moledo é o carro-chefe do nosso portifólio e com peso muito reduzido em relação à pedra natural, facilitando o trabalho dos arquitetos. Também conseguimos produzir texturas únicas, que não se assemelham a nenhuma pedra da natureza”, diz. Ele reforça, porém, que nenhum produto Castelatto tem brilho. “Brincamos que, se brilhar, não é Castelatto. Podemos até criar um concreto impermeável, totalmente sem sujidade, mas não será um concreto arquitetônico mas sim, plastificado. Trabalhamos para que o produto final fique o mais representativo de uma pedra natural ou da madeira”, completa.


Moledo Naturale Branco Polar da Castelatto. Produção do ambiente Castelatto.

Foto: Favaro Jr.



A naturalidade, portanto, é um dos pilares que caracterizam o concreto arquitetônico: não reproduzem materiais naturais através de uma impressão sobre a peça, mas são superfícies sensoriais. A textura e a volumetria completam as características desse revestimento que a cada dia está ganhando mais adeptos, seja para revestimentos internos e externos, para pisos ou paredes.


Revestimento Etrusco Mocha na parede: inspiração no efeito do desgaste natural provocado pela ação do tempo nos mármores gregos e italianos. Ambiente Bia Ferrari Arquitetura. Foto: Favaro Jr.



Sem dúvida a resistência e a facilidade de manutenção estão entre seus pontos fortes. “Há peças intactas de concreto com mais de 1500 anos. Ele é muito durável com enorme resistência a intempéries. Uma vez instalado, ficará gerações e gerações com aquela família. O cliente pode querer modificar o ambiente por uma questão de design, mas nunca por funcionalidade ou durabilidade”, constata. Em ambientes internos praticamente não há manutenção nem limpeza específica. O uso mais severo em paredes externas, e também na linha térmica (de baixa retenção de calor), pede apenas limpeza com jato d´água e detergente alcalino e reaplicação periódica de impermeabilizante.


Na parede da sala de Cassiana Fagoti Interiores, Ecobrick Grezzo Ocre. Foto: Favaro Jr.


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