Estampas geométricas, minimalistas e até as que remetem aos históricos azulejos portugueses. Os azulejos estão em alta e ganham novos lugares na decoração, como aparadores, mesas, cabeceiras e paredes de áreas sociais.
A palavra azulejo vem do árabe "al-zulaich", que significa pequena pedra polida. Por influência dos árabes, a arte da azulejaria fascinou espanhóis e portugueses. Os artesãos ibéricos adaptaram o material ao gosto ocidental. Inicialmente, os azulejos revestiam paredes de palácios e igrejas. No século XVI, em Lisboa, surgem oficinas de olaria que produzem azulejos segundo a técnica italiana da faiança. A nova indústria começa a se desenvolver. Grandes painéis são fabricados sob medida, criando composições cenográficas, com motivos geométricos, temas figurativos ou da fauna e da flora. Nos finais do século XVIII o azulejo deixa de ser exclusivo da nobreza e do clero, e a burguesia abastada faz as primeiras encomendas para as suas quintas e palácios. Os painéis contam, por vezes, a história da família e até da sua ascensão social.
Os históricos azulejos estão renovados e continuam com espaço garantido na decoração e na arquitetura brasileiras. Estrutura que marca a inauguração do JFL 125, empreendimento de aluguel por temporada localizado no Jardim Paulistano, em São Paulo, a instalação desenvolvida em azulejaria foi idealizada pelo Estúdio Campana. O painel, com mais de 7 metros de atura por 6 de largura, é uma viagem para uma paisagem onírica a partir de uma adaptação de uma colagem original de Fernando Campana, falecido em 16 de novembro de 2022. A estrutura retrata duas classes de plantas carnívoras (Dionaea muscipula Ellis e Drosera Capensis) em um cenário imersivo.
A obra foi construída usando cerca de 1.800 azulejos de cerâmica pintados um a um, em tons de azul sobre branco. Alinhado com a vegetação, o conceito é resgatar as características do período colonial de forma contemporânea.
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