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Reformar para recomeçar

  • Foto do escritor: Redação
    Redação
  • 11 de nov.
  • 3 min de leitura

Com 70m² e muitas histórias, imóvel dos anos 1990 é transformado em um lar colorido, funcional e cheio de personalidade 



Transformar um apartamento antigo em um novo capítulo de vida foi o ponto de partida do projeto assinado por Thaís Monfré e Ana Maia, do Studio Monfré Arquitetura. Localizado em Perdizes, na capital paulista, o imóvel de 70m² foi escolhido por mais de um motivo: além de atender às necessidades práticas da cliente, ele carrega também uma memória afetiva. A moradora havia passado parte da infância no mesmo edifício. Embora não se tratasse da mesma unidade, o retorno ao prédio representava uma reconexão emocional com um período marcante da vida — o que deu ainda mais sentido ao recomeço.


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Para uma cliente que ama arte, decoração e objetos afetivos, o Studio Monfré fez das cores o ponto alto do projeto do apartamento.


O desejo era claro: criar um espaço com identidade, funcionalidade e que abrigasse com carinho objetos afetivos e lembranças acumuladas ao longo dos anos. O apartamento original, com mais de três décadas e planta compartimentada, passou por uma reestruturação total. Paredes foram demolidas, toda a infraestrutura renovada, incluindo elétrica, hidráulica e climatização. As maiores intervenções aconteceram na área social: um dos dormitórios foi eliminado para ampliar a sala e o outro foi incorporado à suíte, permitindo a criação de um closet funcional próximo ao banheiro.


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Maior aproveitamento do espaço na cozinha permitiu utilizar armário que era da mãe da moradora.


O layout mudou bastante, sempre em resposta aos hábitos e desejos da moradora. Na cozinha, a impossibilidade de derrubar uma parede foi compensada com a retirada da porta de serviço e soluções inteligentes para ampliar o aproveitamento do espaço, como o uso de um painel pegboard. 


A estética segue uma linha retrô, com pastilhas na rodabanca, vidros canelados e uma cartela de cores carregada de afeto — a começar pelo azul vibrante, que remete à cozinha da avó e reveste um móvel herdado da mãe da cliente, reformado com laca para ganhar novo fôlego.


O tom descontraído e afetivo do projeto aparece também nas escolhas de acabamento.

Muitos dos revestimentos utilizados — como os azulejos do banheiro da suíte, em tons de rosa e cinza — vieram de sobras de uma reforma anterior. A proposta, desde o início, era incorporar esses materiais ao novo projeto, otimizando recursos e reforçando vínculos emocionais. Para o piso, um porcelanato cinza foi escolhido como base neutra, favorecendo o destaque dos objetos coloridos e obras de arte pessoais que permeiam todos os ambientes.


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No estar, bancada divide os ambientes e faz as vezes de escrivaninha para o home office.


A área social é o coração do apartamento e foi pensada para ser fluida, integrada e versátil. A moradora trabalha de casa, mas dispensou um espaço fechado para o home office. Em vez disso, optou por uma bancada que funciona como aparador e divide os ambientes, com armários de apoio e estante de serralheria para livros, discos e objetos. Um banco em cimento queimado pigmentado de rosa contorna a sala, servindo tanto como assento extra para receber amigos quanto como elemento visual marcante.


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Elementos modernos, como o banco em cimento queimado, contrastam com peças antigas como a escrivaninha que se transformou em aparador.


Cada canto do apartamento revela histórias. A escrivaninha era da família e hoje serve de aparador para o tocador de vinil e adega. O tecido na parede da sala de jantar, os espelhos e os quadros foram garimpados em viagens. A mesinha de cabeceira do quarto é mais uma peça herdada. Nada está ali por acaso — da cor escolhida para uma parede ao letreiro neon com frase de música favorita, tudo carrega significado.


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No quarto, destaque para os tijolinhos e para a mesinha de cabeceira herança de família.


A suíte abriga uma cama queen, closet espaçoso e detalhes afetivos, como a parede rosa atrás da sapateira e os tijolinhos brancos iluminados que substituem a cabeceira tradicional. Já o banheiro da suíte segue a mesma lógica do afeto: azulejos reaproveitados entraram em cena, equilibrados por revestimentos mais neutros e bancada de granito itaúnas, solução de bom custo-benefício.


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Cores nos banheiros, com revestimentos reaproveitados de outra reforma feita pela proprietária.


Com quatro meses de projeto e cinco de obra, o resultado é um lar feito sob medida, onde cada decisão — estética ou funcional — foi tomada em conjunto com a cliente, respeitando suas memórias e traduzindo seu estilo de vida em cores, texturas e histórias. Um projeto onde o design não se impõe, mas acolhe.


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